Fórmula 1 trouxe o “semáforo” para o grid e teve grande tragédia como resultado
No dia 10 de setembro de 1978, a Fórmula 1 introduziu o semáforo como mecanismo de largada no Grande Prêmio da Itália, realizado no Autódromo de Monza. O instrumento substituiu a bandeira do país anfitrião que era usada até então.
No entanto, nesta corrida, um erro de Gianni Restelli resultou em um incidente grave na chicane Goodyear, onde vários carros se envolveram em um acidente violento na largada. Ronnie Peterson teve o carro lançado contra o guard-rail no momento da batida.
O impacto esmagou a frente da Lotus 78, rompendo os tanques de combustível e causando um incêndio. Peterson chegou a ser resgatado vivo, com ferimentos graves nas pernas e levado à um hospital em Milão. A corrida continuou e foi encerrada com vitória para Niki Lauda (Mário Andretti cruzou a chegada em primeiro, porém foi penalizado).
Enquanto isso, Peterson lutava pela vida. No entanto, no dia seguinte, ele sucumbiu as lesões. A sua morte foi causada por uma embolia decorrente das múltiplas fraturas. O piloto tinha apenas 34 anos e estava no auge da carreira.
Após o acidente, Ricardo Patrese foi considerado culpado e excluído do campeonato temporariamente. A única medida adotada em relação ao semáforo foi uma revisão no procedimento de largada, onde agora um fiscal verifica se todos os carros estão parados antes da largada.
Fórmula 1 mantém semáforo até hoje
O semáforo da Fórmula 1 segue sendo utilizado desde então, porém sofreu algumas alterações em relação à sua primeira utilização em 1978. O sistema atual usa um conjunto de cinco luzes vermelhas que acendem em sequência e depois apagam.
O sistema atual foi adotado em 1996. Antes, era feito com luzes vermelhas e verdes. Primeiro, as luzes vermelhas eram acendidas e a largada era dada com as luzes verdes. No entanto, em algumas corridas isso dava problema, já que as luzes verdes poderiam não acender.