Por qual motivo a McLaren nunca mais usou as cores dos tempos de Senna?

O piloto Ayrton Senna faleceu no fatídico GP de San Marino de 1994, que completou 30 anos no dia 1 de maio, quando estava a bordo do modelo FW16 da Williams. No entanto, foi pela McLaren que o tricampeão viveu seus dias de glória na Fórmula 1. Por lá, conquistou os três títulos mundiais da carreira.

Diante disso, a própria McLaren preparou uma pintura especial para homenagear as três décadas da morte de Senna. No GP de Mônaco de 2024, a equipe utilizou o modelo MCLA38, pilotado por Lando Norris e Oscar Piastri, com uma troca na cor. Eles deixaram o tradicional laranja do carro para usar uma combinação de verde, amarelo e azul.

A escolha por Monte Carlo simboliza o fato de que Ayrton Senna é o recordista de vitórias por lá. Foram seis, sendo que cinco delas foram obtidas na escuderia britânica. O feito o levou a receber o apelido de Rei de Mônaco, visto que o país da costa francesa é um principado.

No entanto, é possível perceber que a McLaren não demonstra qualquer intenção de recriar a pintura tradicional nas cores branca e vermelha – usada em todos os campeonatos que Senna disputou pela equipe. Em todos esses anos, o esquema de coloração dos carros sempre foi o mesmo (devido ao patrocínio máster da companhia Philip Morris, que expunha a marca Marlboro.

É justamente por causa da Philip Morris e da Marlboro que a McLaren não pode fazer qualquer tipo de releitura da pintura usada naqueles tempos. O primeiro e mais importante motivo é o comercial. O segundo tem a ver com a legislação da categoria.

McLaren não pode usar as cores dos tempos de Senna

Desde o final da década de 2000, a Fórmula 1 proíbe propaganda explícita de marcas de tabaco em seus carros. Com isso, a McLaren já não pode pintar seus monopostos com o logotipo vermelho da Marlboro exposto sobre uma base branca, como acontecia nos anos de Ayrton Senna.

Ainda assim, seria possível burlar a restrição a partir de uma releitura que usasse apenas a pintura do passado, sem necessariamente recriá-la. No entanto, a questão comercial entra em jogo: isso porque a McLaren recebe um forte aporte financeiro da British American Tobacco (BAT), principal concorrente mundial da Philip Morris.

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