Ferrari tomou decisão e abriu caminho para Felipe Massa na F1

Felipe Massa é um dos grandes nomes do automobilismo brasileiro, capaz de grandes resultados nas pistas competindo por diversas categorias e uma delas é a Fórmula 1. Falando sobre o assunto, uma notícia envolvendo o brasileiro e a principal disputa da velocidade veio à tona em 2005.

Em agosto de 2005, completam-se 20 anos desde que Rubens Barrichello teve sua saída antecipada da Ferrari confirmada. Embora seu contrato fosse válido até o fim de 2006, a decisão partiu do próprio piloto, que se via cada vez mais limitado dentro da equipe, em meio ao domínio de Michael Schumacher, já sete vezes campeão mundial e principal prioridade da escuderia italiana. O brasileiro optou por seguir carreira na Honda, enquanto a vaga deixada foi preenchida por Felipe Massa.

Barrichello chegou à Ferrari em 2000, após passagens por Jordan e Stewart. Naquele momento, a equipe de Maranello vivia uma fase de reconstrução, iniciada ainda nos anos 1990 sob a liderança de Jean Todt, com peças-chave como Ross Brawn, Rory Byrne e Schumacher formando a base do projeto que buscava encerrar o jejum de títulos de pilotos — que vinha desde 1979.

Com a Ferrari já em ascensão — havia vencido o Mundial de Construtores em 1999 — Barrichello teve um início promissor, com destaque para a dobradinha na estreia da temporada 2000 e, sobretudo, a vitória no GP da Alemanha, quando saiu da 18ª posição para vencer pela primeira vez na Fórmula 1 em uma corrida marcada por estratégia ousada e clima instável.

Caminha na Ferrari começou a ter momentos controversos

No entanto, sua trajetória na Ferrari também foi marcada por episódios controversos, o mais emblemático deles no GP da Áustria de 2002. Na ocasião, Rubens liderava a corrida e estava prestes a encerrar um jejum de vitórias, mas foi obrigado pela equipe a ceder a posição a Schumacher nos metros finais. A cena gerou revolta entre os fãs e críticas generalizadas à equipe, tornando-se um dos momentos mais polêmicos da história recente da F1.

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Créditos: Instagram / rubarrichello

Esse tipo de ordem de equipe se repetiria ao longo dos anos, minando a confiança de Barrichello na possibilidade de disputar em pé de igualdade com o alemão. “Na primeira vez que pediram para deixar o Schumacher passar, pensei: ‘Ok, estou crescendo aqui, logo a disputa será equilibrada’. Mas nunca foi. Quando questionei se a competição podia ser justa, a resposta foi negativa. Foi aí que decidi sair”, contou anos depois ao programa Na Grelha com Netão.

Entre 2000 e 2005, Barrichello somou nove vitórias, 55 pódios, 11 poles e foi vice-campeão mundial em 2002 e 2004. Contribuiu diretamente para seis títulos do Mundial de Construtores, mas deixou a escuderia sem realizar o sonho de ser campeão.

“Não saio com a sensação de missão cumprida, porque não conquistei o título. Fiz tudo o que pude dentro dos limites impostos. A Ferrari me deu projeção, e espero buscar esse sonho em outra equipe”, declarou à época à Folha de S.Paulo.

A saída foi oficializada em 16 de agosto de 2005, com o anúncio de que Barrichello se juntaria à BAR, que se transformaria na Honda em 2006. A equipe teve anos complicados, até ser comprada por Ross Brawn e dar origem à Brawn GP em 2009. Na nova equipe, Rubens venceu duas provas e disputou o título até o fim, mas terminou a temporada em terceiro. Deixou a F1 ao fim de 2011, com 323 GPs disputados — então o recorde absoluto da categoria.

A vaga deixada por Rubens foi ocupada por Felipe Massa, então piloto de testes da Ferrari e em seu terceiro ano pela Sauber. Em Maranello, Massa conquistaria 11 vitórias e 16 poles, além de protagonizar a histórica disputa pelo título de 2008 contra Lewis Hamilton, que só foi decidida na última curva da última corrida da temporada.

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