Fórmula 1: Mercedes se atrapalha e toma decisão errada com o carro
A Mercedes admitiu ter seguido um caminho equivocado no desenvolvimento do W16, o que resultou na queda de competitividade nas últimas corridas da F1 2025. No início da temporada, enquanto a McLaren se destacava na liderança, a equipe de Brackley também mostrou força.
George Russell conquistou três pódios nas quatro primeiras etapas. Porém, com a chegada da fase europeia, o desempenho caiu, afastando o time das disputas pelo topo. A sequência ruim foi interrompida no Canadá, onde Russell venceu e Kimi Antonelli garantiu seu primeiro pódio na categoria. Em entrevista ao site RacingNews365, o representante da equipe, Bradley Lord, classificou a trajetória até aqui como “uma história de duas metades”:
“Na primeira parte, tivemos desempenho consistente, pilotos confiantes e vantagem sobre alguns dos carros mais rápidos, brigando sempre por pódios. Já de Imola em diante, os resultados se tornaram irregulares, com um pico no Canadá, mas média de corrida apenas entre quinto e sexto lugar.”
Novato acabou sofrendo com dificuldades no decorrer das provas
Enquanto Russell conseguiu extrair mais do carro, Antonelli enfrentou maiores dificuldades. Antes de marcar pontos na Hungria, o italiano só havia pontuado uma vez nas sete provas anteriores — parte disso devido a falhas mecânicas. O novato também relatou falta de confiança no carro, algo que a Mercedes trabalha para solucionar.

Segundo Lord, o problema principal é a instabilidade na entrada das curvas, o que impede os pilotos de atacar com confiança: “Essa insegurança está custando desempenho. Estamos revisando as mudanças feitas ao longo da temporada para entender o que introduziu esse comportamento, porque ele não existia no início do ano.”
A equipe ainda não identificou a causa exata, mas considera que uma alteração no regulamento técnico pode ter contribuído. No GP da Espanha, a FIA impôs testes de carga mais rígidos nas asas dianteiras e restringiu o uso de peças flexíveis. Lord não vê essa mudança como única culpada, mas admite que ela pode ser um fator:
“Todos tiveram que fazer ajustes, o que influencia a dirigibilidade. É algo a considerar, dentro de uma combinação de elementos que levaram à perda de consistência.”