Equipes da Fórmula 1 se atrapalham e NÃO estão prontas para 2026
Notícia preocupante para temporada 2026 na Fórmula 1. Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), detalhou os motivos para a categoria adotar um novo regulamento a partir de 2026 e minimizou os rumores de que os carros poderiam superar a marca de 400 km/h.
O dirigente também reconheceu que a complexidade das novas regras pode dificultar a adaptação das equipes e revelou que alguns times podem não estar 100% preparadas: “Nem todas estarão prontas quando os carros forem para a pista”, afirmou.
As mudanças vão além da unidade de potência — que terá 50% de contribuição elétrica, frente aos 20% atuais, e passará a usar combustível 100% sustentável. A aerodinâmica também sofrerá uma revolução, com o fim do DRS, a volta da aerodinâmica ativa e a redução do efeito-solo.

Qual o motivo de uma mudança tão drástica no regulamento?
Em entrevista à revista Virgilio Motori, Tombazis explicou que a decisão de encerrar o atual ciclo regulatório em 2025 atende tanto a razões tecnológicas quanto práticas. Um dos objetivos foi facilitar a entrada de novos fabricantes de motores e evitar o domínio prolongado de uma única marca.
“Em 2021, a Honda anunciou sua saída e até a presença da Renault parecia incerta. Os motores introduzidos em 2014 eram extremamente complexos, o que tornava quase impossível para novos fornecedores entrarem de forma competitiva. Corríamos o risco de ficar só com Ferrari e Mercedes, o que não seria bom para o esporte”.
Segundo ele, as montadoras pediram maior ênfase na eletrificação, redução de custos e simplificação técnica. Isso levou ao fim do MGU-H e ao aumento da participação elétrica. “Reduzimos os custos, mas ainda não no nível ideal. Os motores seguem caros e complexos”, admitiu.
Tombazis também respondeu às declarações de Toto Wolff, chefe da Mercedes, que sugeriu que os novos carros poderiam chegar a 400 km/h. Até Max Verstappen ironizou a hipótese.
“Esses comentários foram feitos de forma leviana. Teoricamente, com baixo arrasto e potência máxima, seria possível. Mas os regulamentos de uso da energia impedem esse cenário. Estamos tranquilos quanto a isso.”
O diretor destacou que os regulamentos ainda estão sendo ajustados em diálogo com equipes e fabricantes, já que simulações mais recentes trouxeram novas situações não previstas antes.
“O processo está perto da conclusão, mas ainda não finalizado. Vale lembrar que, em questões de segurança, não há necessidade de acordo entre as equipes: se identificarmos risco, a FIA não permitirá que seja ignorado.”
Por fim, Tombazis admitiu que a adaptação não será uniforme: “Haverá muitas novidades a serem administradas. Algumas equipes não estarão no nível ideal de início, outras podem interpretar algo de forma equivocada e precisar se recuperar.”