Carro de Fernando Alonso na Aston Martin passou por investigação da FIA
Como de costume, um dos primeiros documentos oficiais divulgados pela FIA antes de cada fim de semana de corrida trata das verificações técnicas “adicionais” realizadas após o GP anterior. Essas inspeções vão além dos procedimentos de praxe — como checagem do desgaste do assoalho e do peso mínimo — que confirmam a ordem de chegada.
Exemplos recentes incluem a desclassificação de George Russell no GP da Bélgica de 2024, quando sua Mercedes ficou abaixo do peso, e a dupla exclusão das Ferraris de Hamilton e Leclerc no GP da China, após a detecção de irregularidades.
Três carros verificados pela entidade após disputa realizada na Hungria
No caso do GP da Hungria, o relatório da FIA informa que foram inspecionados o Ferrari de Charles Leclerc, a Mercedes de Russell e o Aston Martin de Fernando Alonso. O foco esteve no TPMS (Tire Pressure Monitoring System), sistema responsável por monitorar em tempo real a pressão dos pneus. Enquanto Leclerc e Russell optaram por duas paradas nos boxes, Alonso completou a prova com apenas uma.

A inspeção confirmou que sensores, fiações e lacres de segurança estavam intactos, assegurando que a transmissão dos dados — a “telemetria” dos pneus — era legítima. Segundo o documento, todas as verificações foram concluídas e os três carros estavam em total conformidade com o regulamento técnico e esportivo.
Assim, ficou estabelecido que as pressões dos pneus permaneceram corretas durante toda a corrida, sem qualquer problema técnico. Ainda assim, o relatório não invalida a teoria levantada por Russell após a prova, de que a Ferrari poderia ter aumentado a pressão dos pneus no trecho final para evitar desgaste excessivo.
A prática é permitida, desde que respeite o limite mínimo definido pela Pirelli. Pressões abaixo desse valor, por outro lado, seriam automaticamente detectadas pelo TPMS, resultando em desclassificação.