Chefão da McLaren revela carta na manga usada para conseguir dobradinha na China
Segunda etapa do Campeonato Mundial e segundo sucesso consecutivo para a McLaren na Fórmula 1, que, após a vitória de Lando Norris na Austrália, celebrou desta vez a vitória de Oscar Piastri na China. Foi um fim de semana marcadamente positivo para a equipe de Woking, que, ao contrário da semana passada, também alcançou uma dobradinha, para alegria do diretor da equipe, Andrea Stella.
A estratégia na qualificação Sprint
Ao analisar o desenvolvimento do GP da China, em entrevista à Sky Sport F1, o engenheiro italiano destacou a evolução da equipe após um início difícil, tanto na qualificação quanto na corrida Sprint, o que levou a mudanças durante o fim de semana.
“Nas duas voltas com os pneus macios na qualificação Sprint, queríamos ser muito conservadores e ter duas tentativas, porque não confiávamos em conseguir uma volta limpa. Assim, decidimos ter duas tentativas em que os pneus pudessem quase repetir o tempo da volta, mesmo que já estivessem usados por uma volta”, explicou.
“Devo dizer que as duas voltas não foram suficientes, porque se pegássemos Lando na sua segunda tentativa, ele estaria na fila para uma pole position, mas ainda assim uma imperfeição nos impediu de conseguir um bom tempo. Sabemos que o carro não é o mais fácil de dirigir com pneus novos, e também tivemos alguns problemas no primeiro dia com a interação dos pneus e com o balanço.”
Sprint virou carta na manga para mudanças na equipe
A corrida de qualificação e Sprint, como ressaltado por Stella, levou a McLaren a realizar ajustes no MCL39 para a qualificação de sábado e para a corrida principal, que resultaram em um bom desempenho para a equipe.
“Tivemos que analisar a situação na qualificação e na corrida Sprint, e a partir daí aprendemos muito, fazendo alterações no carro e no estilo de pilotagem. Ambos os pilotos perceberam que não poderíamos pilotar o carro da mesma forma que fizemos na Austrália. Então, houve uma adaptação e estou muito feliz com os resultados que conseguimos com esse trabalho de adaptação tanto da equipe quanto dos pilotos para a qualificação e a corrida.”
Essas mudanças permitiram que a McLaren desse um passo importante em termos de competitividade, em uma corrida onde a equipe também acertou nas estratégias para manter as duas primeiras posições.
“Este fim de semana, em relação ao Sprint, não tenho certeza se tínhamos alguma vantagem. A Ferrari foi superior. Após esses ajustes, conseguimos recuperar um pouco de desempenho, mas tanto na qualificação quanto na corrida, não tivemos mais do que alguns décimos. Isso significa que forçamos toda a corrida, não ao máximo, devido ao uso dos pneus, especialmente depois de termos colocado os pneus duros. Estávamos aguardando para ver como eles se comportariam, e ficamos incertos, assim como todos os outros. Estávamos observando muito Stroll, que estava com os pneus duros, para ver se uma parada seria suficiente. Estávamos incertos, como todos os outros, e isso foi um ponto para verificar nossa competitividade e nosso ritmo, mas sem forçar demais”, concluiu.
“Não acredito que tenha havido uma grande diferença entre McLaren, Ferrari, Mercedes e, depois do que vimos com Verstappen no final, também a Red Bull. Confirma-se a tendência de uma Fórmula 1 muito equilibrada, onde, às vezes, essas adaptações fazem a diferença.”