Corrida das mais trágicas da F1 marcou a única pontuação de uma mulher na categoria
Há exatos 50 anos, a F1 ficou marcada por um GP problemático na Espanha. O evento teve que chegar ao fim depois de um acidente mortal. Após 29 voltas, metade dos pontos foram aos seis primeiros colocados, incluindo a piloto italiana Lella Lombardi.
O momento marcou a primeira e única vez que uma mulher terminou em uma posição que rende pontos na Fórmula 1. Desde então, os fãs lidam com a ausência de outra pessoa do sexo feminino para pontuar, ou até mesmo correr na categoria.
Lombardi foi a primeira de sua família a obter uma carteira de motorista e logo aprendeu que sua paixão por dirigir ia além do esperado. Assim, ela disputou corridas de kart por um breve período e comprou seu primeiro carro para competir na Fórmula Monza em 1965.
Com o passar dos anos, Lombardi subiu nas classificações da Fórmula 850, na qual venceu 10 corridas e foi coroada campeã. Na fórmula 3, encerrou em terceiro lugar no geral e, em 1974, entrou na Fórmula 500.
No ano seguinte, a italiana tornou-se a segunda mulher a se classificar para uma corrida de Fórmula 1. Ela se fez presente no GP da África do Sul, mas foi forçada a se retirar depois que o sistema de combustível de seu March 741-Ford falhou.
Lombardi pontuou no GP da Espanha pela F1
Na segunda corrida, no GP da Espanha, ela se classificou em 24º lugar entre 26 pilotos, mas o acidente nos momentos iniciais da corrida abriu caminho para sua ascensão na categoria. Quatro pilotos foram eliminados ao final da primeira volta e outros quatro se retiraram em seguida.
No total, 17 pilotos abandonaram o GP da Espanha, que foi encerrado precocemente quando Rolf Stommelen bateu fora da pista em um acidente que matou quatro pessoas. Apenas 29 das 75 voltas foram completadas na Espanha – portanto, apenas metade dos pontos foram concedidos.
