Escândalo com a McLaren foi descoberto e FIA desclassificou equipe na F1
Há exatos 10 anos, a McLaren entrou pra história da Fórmula 1 ao se envolver no maior escândalo de espionagem da história na principal categoria do automobilismo mundial. O caso ficou conhecido como ‘Spygate’ e deu início à uma batalha contra a Ferrari.
Tudo começou em 2007, quando a escuderia britânica foi acusada de ter sido beneficiada por dados vazados em um projeto da equipe adversária. A Ferrari passou a suspeitar de Nigel Stepney – chefe de mecânicos que acabou sendo afastado posteriormente.
Na época,, a escuderia italiana descobriu um roubo de dados após denúncia feita por um funcionário de uma copiadora próxima à sede da McLaren, na Inglaterra. O responsável teria copiado 780 páginas de um material confidencial da equipe italiana.
Os italianos conseguiram provar a associação entre os dados vazados e acionaram a Justiça. A Ferrari demitiu o funcionário, enquanto o rival suspendeu o projetista Coughlan por ter recebido os vazamentos. As cópias foram encontradas na casa do britânico.
O arquivo repassado pelos profissionais contava com dados importantes sobre a Ferrari, envolvendo dados de telemetria, aerodinâmica e motores. A partir disso, no dia 4 de julho de 2007, a FIA entrou em ação para investigar o caso.
FIA toma decisão sobre imbróglio com a McLaren
A FIA deu início à uma investigação que enxergou benefício em prol da McLaren com as informações da equipe adversária. Ao avaliar conversas com o piloto Fernando Alonso, foi possível perceber que o projetista-chefe falava sobre o funcionamento dos carros italianos.
A entidade organizadora, portanto, entendeu que a equipe britânica fez uso das informações para levar vantagem sobre o rival. A McLaren acabou sendo excluída do Mundial de Construtores daquele ano, além de ter que pagar uma multa de US$ 100 milhões.
Os personagens que participaram do escândalo admitiram o caso e não foram banidos da categoria. Coughlan foi demitido da McLaren em 2008 e voltou a trabalhar na Williams em 2011, onde permaneceu até 2013. Stepney deu continuidade à carreira no WEC. Em 2014, aos 56 anos, morreu vítima de um acidente de carro.