F1: gravação revelou drama vivido por Lewis Hamilton

Lewis Hamilton fez uma corrida na Bélgica digna dos bons tempos do heptcampeão. Largando no fim do grid após troca de diversos componentes, o britânico escalou o pelotão, alcançou o sétimo lugar e garantiu através do torcedores o posto de “piloto do dia” na corrida disputada em Spa-Francorchamps. Mas, nem isso impediu o astro da Ferrari de passar por um drama.

Lewis Hamilton tentou ultrapassar Alex Albon pela sexta posição no Grande Prêmio da Bélgica, mas foi instruído a economizar combustível e revelou após a corrida que sua Ferrari SF-25 estava com pouco combustível, em razão do uso de uma asa com mais downforce.

Após uma classificação ruim — em que teve sua volta mais rápida anulada por exceder os limites de pista e largou em 16º — a Ferrari optou por violar o regime de parque fechado para ajustar a configuração aerodinâmica do carro. A equipe também instalou uma nova unidade de potência híbrida.

A estratégia deu resultado: Hamilton largou em 17º (devido a uma punição adicional) e cruzou a linha de chegada em sétimo, com uma performance sólida em condições de pista molhada. A corrida começou atrás do Safety Car, que liderou por quatro voltas antes da liberação para bandeira verde. Com pista ainda úmida, Hamilton rapidamente subiu posições e foi o primeiro a arriscar a troca para pneus de pista seca, na volta 12, o que lhe rendeu mais avanço.

No entanto, o progresso foi contido por ordens de seu engenheiro, Riccardo Adami, que pediu para o piloto “levantar e conservar” combustível já na metade da corrida. Hamilton então relatou não conseguir se aproximar de Albon nas retas.

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Créditos: Instagram / lewishamilton

Diálogo via rádio durante a corrida:

  • Hamilton: “Está difícil chegar perto na reta!”
  • Adami: “Ainda precisamos que você levante e conserve.”
  • Hamilton: “Sim, eu sei.”
  • Adami: “Ainda é necessário… falta bastante.”
  • Hamilton:Não posso atacar porque estou sem combustível, cara! Posso acelerar ou não?”
  • Adami: “Aguarde. Vamos manter nossa posição.”

Hamilton terminou a corrida apenas 0,7s atrás de Albon, em sétimo.

Ao ser questionado pela Sky F1 após a prova, o britânico confirmou que o consumo elevado estava ligado à escolha de asa traseira:
“Talvez eu conseguisse atacá-lo no fim, mas simplesmente não tínhamos combustível suficiente. Basicamente, a asa exigia mais consumo do que tínhamos disponível.”

Apesar da frustração, Hamilton elogiou o esforço da equipe e considerou o domingo um de seus melhores desempenhos desde que chegou à Ferrari.

“Adoro corridas em que você precisa lutar e subir o pelotão. Foi assim que comecei, lá na Rye House, com um kart inferior e sempre largando atrás. Isso me trouxe boas lembranças.”

Ele ainda reconheceu os erros do fim de semana, mas celebrou os pontos conquistados e a evolução da Ferrari, que ampliou para 28 pontos a vantagem sobre a Mercedes na disputa pelo segundo lugar no Mundial de Construtores — atrás apenas da McLaren.

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