Ferrari joga as claras e admite erro cometido envolvendo Lewis Hamilton
O chefe da Ferrari, Frédéric Vasseur, comentou sobre a estratégia adotada com Lewis Hamilton no GP da Itália, quando o britânico encontrou dificuldades para ultrapassar George Russell. No fim, a aposta não funcionou, e o heptacampeão terminou em sexto após largar em décimo por conta de uma penalidade de cinco posições no grid.
Hamilton ganhou terreno rapidamente ainda na primeira volta, até se posicionar atrás de Russell, seu ex-companheiro de Mercedes. A diferença de estratégias acabou pesando: enquanto Russell parou bem mais cedo, Hamilton fez seu pit stop apenas na 38ª volta. A baixa degradação dos pneus no circuito, no entanto, frustrou os planos da Ferrari.
“Não é que o ritmo tenha caído. Conseguimos nos aproximar de Russell no fim do primeiro stint. Depois, estendemos a parada para tentar vantagem no final, mas a velocidade não foi suficiente e não deu certo. Talvez, olhando agora, fosse melhor ter chamado o Lewis um pouco antes, mas foi a melhor alternativa para tentar algo diferente” — explicou Vasseur.
Questionado sobre possíveis mudanças na configuração dos carros, o chefe da Scuderia destacou que ajustes sempre são debatidos após cada etapa:
“Amanhã teremos o debriefing, como sempre. Isso vale para nós e para todas as equipes. Sempre pensamos que poderia ter sido de um jeito ou de outro. Mas, em termos de nível de downforce, o desempenho foi estável. Não há grandes diferenças de tempo de volta entre as opções, é mais uma questão de distribuição do desempenho: mais rápido em linha reta ou nas curvas da Lesmo. No fim, estamos falando de alguns centésimos. Quando se perde um P3 por 0,01s, cada detalhe conta.”
Heptacampeão mais animado após contato com o torcedor
Apesar da frustração em pista, Vasseur destacou o bom momento vivido por Hamilton, que se mostrou mais animado correndo diante da torcida da Ferrari.
“Acho que isso começou em Zandvoort. Apesar de o resultado não ter sido bom lá, o ritmo já estava melhor em relação a Charles. Aqui, em Monza, o humor dele estava diferente. Ele brigou com Russell até a volta 30, e isso mostra que estava numa posição mais confortável. Além disso, a energia dos tifosi em Milão foi algo especial para ele e, acredito, deu um impulso extra durante o fim de semana” — afirmou.
O francês concluiu destacando que a equipe lidou bem com a penalidade já prevista: “Sabíamos desde o início do fim de semana que teríamos as cinco posições. Não é fácil, mas conseguimos lutar. Estávamos logo atrás de Russell, e o ritmo esteve presente desde a primeira volta do TL1 até a bandeirada final.”