FIA deve acionar regra e limitar velocidade em dois circuitos da Fórmula 1
A FIA deve limitar a quantidade de energia que os carros de F1 poderão gerar a partir de 2026, implementando uma série de regras rigorosas de segurança. Com os novos regulamentos, os sistemas elétricos dos carros serão reforçados para 350 kW, quase triplicando os 120 kW de 2025.
Isso equivale a cerca de 475 cavalos de potência de frenagem. Somada à potência do motor de combustão interna — estimada entre 540 e 580 bhp —, a potência máxima dos carros poderá ultrapassar 1.000 bhp. O chefe da Mercedes, Toto Wolff, afirmou recentemente que acredita que os carros da especificação 2026 podem chegar a 400 km/h, enquanto no túnel de Mônaco a velocidade deve ficar próxima de 350 km/h.

Segundo a Auto Motor und Sport, todas as 11 equipes da próxima temporada receberam gráficos indicando quanto de cada circuito poderia ser percorrido em aceleração máxima. No entanto, para os GPs de Mônaco e Singapura, a FIA deve implementar modos de potência reduzida para controlar a velocidade.
Batizado de “modo Rev1”, esse recurso permitirá aos pilotos limitar a potência, tanto no modo padrão quanto no modo de sobreposição. Nos demais circuitos, a potência total estará disponível sem restrições.
Limites de energia e regras adicionais
As novas regras também impõem limites à quantidade de energia que pode ser armazenada nas baterias por volta. Em 12 das 24 pistas, os carros poderão capturar até 9 megajoules durante treinos, classificação e modo de substituição, enquanto o pacote padrão de corrida será de 8,5 MJ. Entre os circuitos afetados estão Spa, Suzuka, Miami e a nova pista de Madri.
O regulamento prevê uma escala móvel de energia, dependendo da velocidade do circuito. Em Jeddah, por exemplo, a captura será limitada a 8,5 MJ nos treinos, 6,5 MJ na qualificação e 8,0 MJ na corrida. Para Monza, o limite na qualificação cairá para 6,0 MJ.
Além disso, em pistas ultrarrápidas como Melbourne, Jeddah, Silverstone, Spa, Monza, Baku e Las Vegas, a redução de potência do motor de combustão será pela metade, de 100 kW para 50 kW, evitando que os carros desacelerem de forma brusca nas retas principais.
Em outros circuitos, o modo de substituição será permitido apenas em um ponto por volta, funcionando de maneira semelhante ao DRS. A mudança é necessária porque a introdução da aerodinâmica ativa alterará o formato da asa traseira, reduzindo o arrasto e tornando as zonas de substituição diferentes das atuais zonas de DRS.