Fórmula 1 pensa em copiar outras categorias e McLaren pode parar no fundo do grid

Hoje a McLaren é a grande equipe da Fórmula 1, dominando o campeonato de construtores e de pilotos. Mas, já imaginou a equipe britânica ficando no meio do pelotão ou ainda pior, no fundo do grid? Essa possibilidade pode existir de acordo com ideias que estão na cabeça do CEO da categoria.

Desde 2021, a Fórmula 1 adota o formato de corridas sprint em alguns fins de semana como forma de tornar o campeonato mais dinâmico. Das 24 etapas do calendário atual, seis contam com provas curtas aos sábados. Agora, Stefano Domenicali, CEO da F1, quer ampliar e modificar esse modelo.

Cópias das Fórmulas 2 e 3, além de grid invertido

“Vejo possibilidades de expandir dois pontos que precisamos discutir com pilotos, equipes e, claro, a FIA”, disse Domenicali ao The Race. “As questões são: podemos aplicar esse formato em mais etapas? E esta é a fórmula certa para considerar um grid invertido, como na F2 e na F3? Esses são temas para debate.”

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Créditos: Instagram / stefanodomenicaliofficial

Hoje, nos fins de semana com sprint, há uma classificação exclusiva para a corrida curta e pontos para os oito primeiros colocados. Já na F2 e F3, a única sessão classificatória define o grid da prova principal, enquanto o grid da sprint é formado invertendo as 12 primeiras posições.

Se esse formato fosse adotado, veríamos grandes equipes que indo parar no pelotão central ou até mesmo no fundo do grid dependendo da posição. Atualmente esse cenário poderia se aplicar a McLaren, que é a grande scuderia da atual Fórmula 1.

Número maior de corridas Sprint?

Quando estreou na F1, o formato foi usado em apenas três etapas por temporada. Desde 2023, o número subiu para seis, realizadas em diferentes continentes. Domenicali acredita que é hora de expandir: “As corridas sprint, seja qual for o formato ideal, precisam existir. Elas são o futuro. Não digo que teremos 24 sprints, mas entre seis e 24, podemos avançar gradualmente.”

Para ele, o tema já amadureceu o suficiente para ser tratado com seriedade: “A disposição para seguir nessa direção está crescendo. Quero apresentar não apenas mais corridas sprint, mas também novos formatos e ideias. Estamos abertos a isso, ouvindo os fãs e sem medo de errar. Quem não comete erros, não cria nada novo.”

O dirigente ainda destacou a força comercial da categoria: “O número de parceiros que temos – nós e as equipes – mostra o valor da plataforma. Se não fosse algo certo, não seria tão popular.”

E concluiu comparando com outros esportes: “Vivemos num mundo em que gerar conteúdo é essencial para atrair e manter a atenção. Temos apenas 24 corridas. No futebol, são 70 jogos; no beisebol, 165. Com tão poucas provas, o desafio de sermos relevantes e interessantes é enorme.”

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