George Russell se manifesta com forte declaração após pagar dívida milionária de…

George Russell, piloto da Mercedes, abriu o coração sobre a relação com seu pai na infância e revelou como o tratamento “duro” o deixou confuso nos primeiros anos de carreira. O depoimento veio à tona pouco depois da notícia de que o britânico pagou £1,5 milhão aos pais (R$ 10,9 milhões) — valor que eles haviam investido para financiar seus passos iniciais no automobilismo.

Em grande fase, Russell vive sua melhor temporada na F1 em 2025, coroada pela vitória no GP do Canadá, a quarta da carreira. O desempenho deve render ao piloto de 27 anos um novo contrato de longo prazo com a Mercedes, válido até pelo menos 2027.

Sacrifícios e pressão no começo da carreira

No início do ano, revelou-se que Steve Russell, pai do piloto, vendeu seu negócio para bancar a trajetória do filho até a Fórmula 1. E foi justamente nessa fase que George sentiu o peso da cobrança. Segundo contou ao podcast Untapped, seu pai costumava manipular tempos de volta nos treinos de kart para fazê-lo acreditar que estava mais lento do que realmente era:

“Na época não havia telemetria. Ele cronometrava as voltas com um relógio e só descobri, cinco anos depois, que atrasava de propósito. Eu achava que era lento, mas chegava às corridas, fazia a pole e ganhava. Ficava confuso. Depois percebi que ele fazia isso para eu não ficar convencido demais.”

Russell recorda que via pouco o pai durante a semana, já que ele trabalhava o dia inteiro para sustentar a carreira do filho. Os encontros ficavam restritos às viagens para competições, e a pressão era intensa:

“Se o fim de semana não fosse bom, ele gritava e me pressionava. Eu pensava: ‘Não vejo meu pai, e quando vejo, ele está bravo e sinto que o decepciono’. Foi muito difícil.”

A maturidade, no entanto, trouxe uma nova visão: “Só aos 17 anos percebi que não era apenas o investimento financeiro, mas o de tempo. Ele deu tudo para me dar essa chance. Aqueles anos me moldaram como pessoa, e tenho que agradecê-lo por isso.”

Hoje, Russell garante que a relação com o pai é mais leve. A mudança ocorreu quando ele ingressou no programa júnior da Mercedes, aos 17 anos, encerrando o envolvimento direto do pai na carreira. “Disse a ele que queria que fosse apenas meu pai, e não mais mentor, mecânico ou investidor. Agora, quando vêm às corridas, ficam discretos, sem entrevistas ou holofotes. Eles só querem estar lá como meus pais.”