Greve acertada entre os pilotos pegou o mundo da F1 de surpresa
Durante a temporada de 1982, o piloto Niki Lauda percebeu algo estranho em seu contrato de Super Licença. Ele não gostou dos termos apresentados e decidiu boicotar a F1, demonstrando poder com outros pilotos da categoria.
Na ocasião, o contrato só teria validade enquanto o piloto permanecesse em uma equipe. Caso Lauda fosse transferido para uma nova equipe na temporada, a Super Licença seria invalidade. Além disso, havia uma cláusula que exigia que os pilotos não pudessem criticar a F1.
Lauda fez uma ligação para Didier Pironi, presidente da Associação de Pilotos de Grande Prêmio, que também estava preocupado com as implicações do contrato de Super Licença. Assim, na abertura de 1982, no GP da África do Sul, os dois organizaram uma greve.
Durante a chegada dos pilotos ao circuito, Pironi e Lauda receberam os profissionais e explicaram o problema. Desta forma, perguntaram se os pilotos gostariam de embarcar em um ônibus que os levaria para um hotel, onde se protegeriam até haver um novo acordo.
Os pilotos exigiram mudanças, mas o presidente da FISA, Jean-Marie Balestre, afirmou que não poderia fazer nada até que a Fórmula 1 retornasse à Europa. Desta forma, profissionais sem carteira seriam impedidos de competir na África do Sul.
Como foi a greve dos pilotos na F1?
O desentendimento não desanimou os pilotos em grave e eles passaram o tempo em conjunto no hotel. As especulações indicam que os grevistas aproveitaram o tempo contando piadas e tocando piano, enquanto aguardavam uma resposta da FISA.
Ao final, a corrida foi realizada, mas os pilotos foram multados entre US$ 5.000 e US$ 10.000 e tiveram a Super Licença suspendida. Eles continuaram se recusando a pagar e o contrato foi finalmente alterado para remover a cláusula que previa a permanência em uma única equipe.