Lando Norris crava o que precisa para ainda seguir em busca do título da Fórmula 1
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (4), em Monza, palco do GP da Itália de Fórmula 1, Lando Norris comentou o impacto do abandono no GP dos Países Baixos e afirmou ter aprendido a lidar melhor com situações adversas. O britânico destacou que seu foco agora é apenas “fazer um trabalho melhor” para tentar virar o jogo contra Oscar Piastri na disputa pelo título de 2025.
No último domingo (31), em Zandvoort, Norris perseguia o companheiro de McLaren quando, na volta 65, um problema no MCL39 o tirou da corrida. O revés custou caro: a diferença de apenas 9 pontos no Mundial saltou para 39, obrigando o #4 a recalcular sua estratégia para as nove etapas restantes.
Durante a coletiva, o britânico admitiu ter ficado “irritado e frustrado” com o episódio, mas ressaltou que hoje consegue superar esses momentos com mais maturidade.
“Não deixo de me sentir frustrado quando cometo erros ou não ganho corridas. Isso ainda me derruba. Mas agora consigo lidar melhor, sem deixar que afete as pessoas ao meu redor, meu trabalho na fábrica ou no fim de semana seguinte. Essa é a grande diferença: não deixar que tenha consequências para o futuro”, explicou.
Norris já sabe o caminho para seguir sonhando com o título mundial
Norris destacou que o essencial é aprender com os reveses e seguir em frente rapidamente. “O importante é não deixar que afete a preparação para a corrida seguinte. Já melhorei muito nisso. Ainda fico insatisfeito, claro, mas atribuo um pouco à falta de sorte. Isso acontece com todos em algum momento.”
Sobre a disputa pelo título, o piloto acredita que já está no limite de sua performance, mas admite que ainda precisa de mais consistência.
“Preciso ser perfeito em mais classificações, estar mais afiado em pequenas decisões de corrida e estratégia. Não sinto que posso fazer muito mais, porque já estou dando tudo. Estamos falando de margens muito pequenas que fazem grande diferença”, avaliou.
Norris também deixou claro que não deseja nenhum revés para Piastri, preferindo vencê-lo de forma justa. “Se ele fez um trabalho melhor, vou reconhecer e dar crédito. Não desejo que nada dê errado para ele, só quero encontrar aquele último detalhe que pode fazer a diferença”, afirmou.
Por fim, comentou sobre a dificuldade extra de disputar o título em uma McLaren dominante, onde apenas ele e Piastri brigam pelas vitórias.
“Ainda posso ser campeão sem depender de nada externo, e é assim que quero vencer. Claro que seria mais fácil se houvesse outros pilotos entre nós, mas, como dominamos, isso me complica. No fim, vale a lógica de que vença o melhor piloto. Se for ele no fim da temporada, vou respeitar”, completou