Palco de grande tragédia para o Brasil pode retornar ao calendário da F1

Existem circuitos que são os “queridinhos” de fãs e pilotos. Mas, também temos exemplos de pistas que não trazem boas recordações e em algumas vezes tornam-se palco de verdadeira tragédia. Para nós brasileiros, Ímola preenche essa segunda lacuna.

Agora, surge a possibilidade de Ímola, local da morte de Ayrton Senna em 1994, retornar ao calendário da Fórmula 1, ainda que um retorno imediato pareça pouco provável.

O Grande Prêmio da Emília-Romanha foi realizado pela última vez neste ano e não tem contrato em vigor para edições futuras. Ainda assim, segundo apuração do portal PlanetF1.com, as negociações continuam para manter a tradicional etapa italiana de alguma forma na categoria.

Ímola como “plano B” da F1

O calendário de 2026, anunciado em junho, prevê 24 corridas, com a estreia do Grande Prêmio de Madri em setembro. O circuito, apelidado de Madring, ainda está em construção e enfrenta oposição local por questões ambientais e de ruído. Mesmo assim, a corrida deve ocorrer como planejado, com Ímola servindo como reserva em caso de imprevistos.

Há conversas entre autoridades italianas e a F1 para que Ímola se torne um evento rotativo. O formato poderia colocá-la em alternância com o GP da Bélgica a partir de 2027, abrindo possibilidade de corridas em 2028 e 2030. No entanto, nada está definido, e a disputa por espaço no calendário é intensa, inclusive dentro da própria Europa.

O CEO comercial da F1, Stefano Domenicali — natural de Ímola — destacou recentemente que o interesse de promotores é grande.
“Barcelona quer permanecer no calendário em um modelo rotativo. Turquia e Portugal também estão interessados, assim como Ruanda e outros projetos na África”, afirmou.

Apesar disso, Domenicali lembrou que vários contratos de longo prazo já foram firmados, garantindo estabilidade a diferentes corridas:

  • Mônaco (até 2031)
  • Itália (até 2031)
  • Hungria (até 2032)
  • Grã-Bretanha (até 2034)
  • Madri (até 2035)
  • Áustria (até 2041)
  • Bélgica (até 2031, mas em formato rotativo a partir de 2028).

Ele também refutou a ideia de que a F1 estaria deixando a Europa, citando o recente investimento no circuito da Hungria como exemplo.

Chance de retorno

Apesar da pressão econômica, a F1 pode flexibilizar taxas em locais estratégicos e de grande tradição. Nesse cenário, Ímola segue com chances de voltar, ainda que em um modelo diferente do atual — possivelmente em rotação com outras pistas europeias.

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