Regra da FIA pode confirmar astro nos EUA como piloto da F1

A estrela da Fórmula Indy, Colton Herta, deve disputar a Fórmula 2 no próximo ano, após deixar o campeonato americano para assumir o papel de piloto de testes da Cadillac F1, que fará sua estreia na categoria em 2026 e gera expectativa de fãs e especialistas.

O piloto de 25 anos será companheiro de Sergio Pérez e Valtteri Bottas no projeto, mas ainda não possui os pontos de superlicença da FIA necessários para substituí-los em um Grande Prêmio — muito menos para disputar a temporada completa da F1. Por isso, ele participará de uma campanha na categoria de acesso.

Sonho antigo de correr na Fórmula 1

Chegar à Fórmula 1 é um objetivo antigo de Herta. Ele já esteve perto de realizar esse sonho, mas esbarrou justamente na pontuação de superlicença (SL), já que a IndyCar, por não ser uma categoria FIA, concede menos pontos em comparação à F2.

Essa disparidade entre os campeonatos foi determinante para seu futuro. Em 2022, por exemplo, a Red Bull chegou a considerar contratá-lo para a AlphaTauri, mas, na época, ele somava apenas 29 dos 40 pontos exigidos — obtidos com o 3º lugar em 2020 (20 pontos), o 5º em 2021 (8 pontos) e o 10º em 2022 (1 ponto). A FIA recusou abrir exceção, e o piloto permaneceu nos EUA.

Hoje, Herta acumula 35 pontos: conquistou 10º lugar em 2023, foi vice-campeão em 2024 (30 pontos) e encerrou a última temporada em 7º (4 pontos). Em 2026, porém, perderá o ponto de 2023, ficando com 34 no total. Diante disso, o que ele precisa conquistar na F2 para, enfim, se tornar elegível à F1?

A FIA concede pontos de superlicença aos 10 primeiros colocados tanto na IndyCar quanto na F2, mas é mais generosa com sua categoria de base. Na F2, os três primeiros somam automaticamente 40 pontos, o suficiente para garantir a vaga na F1. Já na IndyCar, apenas o campeão atinge esse número, o que sempre dificultou o caminho de Herta.

Com os 34 pontos já assegurados até o fim de 2025, basta que o americano termine sua temporada de estreia na F2 entre os oito primeiros para completar os 40 pontos necessários. Se terminar em 9º, ainda haveria alternativas para compensar a diferença, mas o caminho mais simples é buscar uma posição melhor.

Caso permanecesse na IndyCar em 2026, precisaria terminar pelo menos em 6º lugar no campeonato, uma tarefa consideravelmente mais difícil. Por isso, a mudança para a F2 se mostra estratégica para finalmente abrir as portas da Fórmula 1.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.