Regra pesada no regulamento da FIA cai como um luva para Red Bull e Max Verstappen

A polêmica em torno das asas traseiras flexíveis na Fórmula 1 continua gerando discussões, especialmente após o anúncio da FIA sobre novas mudanças nas regras. Um dia após o Grande Prêmio da Austrália, que deu início à temporada, o órgão regulador do automobilismo anunciou que outras modificações nas regras seriam implementadas nas próximas duas corridas.

A principal medida envolve a criação de um novo regulamento contra um mini-DRS, um tema que tem sido de grande destaque no cenário do automobilismo. Foi divulgada uma nova diretriz técnica para o Grande Prêmio da China, que acontece neste fim de semana, seguida de outra alteração para o Grande Prêmio do Japão.

A tolerância de 2 mm nos testes de movimento da asa traseira será reduzida para 0,5 mm a partir do GP do Japão. Embora a nova tolerância já esteja em vigor para o GP da China, devido ao curto prazo entre a decisão e a corrida, uma diferença adicional de 0,25 mm também será permitida.

A FIA explicou, em comunicado na última segunda-feira (17/3), que a nova diretriz técnica foi adotada após a análise de imagens do Albert Park, que mostraram flexão excessiva das asas traseiras, apesar de todos os carros terem passado nos testes de asa traseira em Melbourne.

Vantagem para a equipe Red Bull

A McLaren, em particular, chamou a atenção na abertura da temporada devido à grande diferença entre a parte superior da asa traseira e o flap inferior. De acordo com o site RacingNews365, ao explorar o máximo potencial de uma asa traseira flexível, a vantagem poderia ser de três a quatro décimos por volta.

Uma asa traseira flexível também permite que uma equipe configure seus carros com mais downforce, sacrificando a velocidade máxima em favor de melhor desempenho nas curvas, além de ajudar a reduzir o desgaste dos pneus. As novas regras mais rígidas introduzidas pela FIA parecem beneficiar Max Verstappen e a Red Bull

Verstappen enfrentou dificuldades para acompanhar a McLaren na abertura da temporada, especialmente quando seus pneus intermediários começaram a desgastar rapidamente após apenas oito voltas. Por outro lado, a McLaren conseguiu manter um ritmo rápido enquanto o desempenho do holandês caiu.

Com as mudanças previstas para o GP da China, a McLaren será obrigada a tomar decisões importantes. Reduzir ainda mais a flexibilidade da asa traseira poderá aumentar o desgaste dos pneus e dificultar a manutenção da velocidade máxima, além de afetar a performance nas curvas.

O equilíbrio do carro também se tornará mais difícil de ajustar, levantando dúvidas sobre o impacto da nova diretriz técnica para a McLaren. Por sua vez, a Red Bull pode se beneficiar, já que a equipe de Milton Keynes não usou uma asa traseira na Austrália, onde havia uma lacuna.

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