Sergio Pérez recebe aviso sobre “risco” de ter mesmo destino de Michael Schumacher
De volta à Fórmula 1 pela Cadillac após sua saída da Red Bull, Sergio Pérez está realizando o sonho de milhões de fãs mexicanos. Mas David Coulthard, que também encarou um recomeço em 2005 ao trocar a McLaren pela recém-criada Red Bull, fez um alerta ao compatriota latino sobre os desafios que virão com o tempo longe das pistas.
Durante o evento More than Equal em Zandvoort, Pérez relembrou o papel de Coulthard na estreia da Red Bull, quando o escocês assumiu a função de piloto experiente ao lado de Christian Klien e Vitantonio Liuzzi. Em resposta ao Motorsport.com, Coulthard foi direto:
“Sim, mas sinto que esse papel hoje se parece mais com o de Valtteri [Bottas]. Ele ainda esteve ativo este ano como reserva e piloto de testes da Mercedes. Checo, por outro lado, está completamente fora da Fórmula 1. Bottas continuou no simulador, participando de briefings e trabalhando com os engenheiros.”
Segundo o ex-piloto, a principal incógnita será o tempo de readaptação de Pérez. “Vai ser interessante ver quão rápido Checo consegue recuperar o ritmo. Ele só ficou uma temporada fora, mas vimos no passado como isso pode ser complicado”, afirmou.
Coulthard citou exemplos de Michael Schumacher e Kimi Räikkönen, que após retornos à categoria não conseguiram alcançar o mesmo nível de antes. “Acho que isso acontece porque a Fórmula 1 é um mundo de egoístas. Quando você sai e passa a viver outras experiências, pode ser difícil voltar à intensidade exigida.”
Caso positivo está presente no grid da Fórmula 1
Ainda assim, destacou Fernando Alonso como caso positivo. O espanhol voltou após dois anos de ausência e conseguiu manter alto desempenho, algo que, segundo Coulthard, só foi possível porque Alonso e Räikkönen permaneceram ativos em outras modalidades durante o período fora da F1.
Apesar das dúvidas, o escocês considera a contratação de Pérez um acerto para a Cadillac. “Ele tem muita experiência, é inteligente e já venceu corridas. Não vai conquistar um título mundial aos 35 anos, mas poderá contribuir dentro e fora das pistas. É uma boa oportunidade para ele fechar sua trajetória na Fórmula 1.”